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Séries e filmes sobre 7 de outubro dominam lançamentos em Israel

Fauda Lior Raz

Fauda entrará em sua quinta temporada | Foto: Reprodução/Facebook Yes

A arte imita a guerra: produções foram criadas e modificadas, como Fauda, para abordar o ataque do grupo terrorista Hamas

Eugenio Goussinsky

A produtora Yes, no fim de julho, divulgou clipes e informações sobre suas diversas próximas séries israelenses, no evento que marcou seus 25 anos. A busca de transformar a angústia da atual guerra e dos ataques de 7 de outubro em arte, entretenimento e aprendizado tem pautado as produtoras locais.

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Na ocasião, apresentou o trailer da quinta temporada de Fauda, que será lançada em 2026. Ilan Sigal, CEO da Yes, ressaltou, segundo o The Jerusalem Post: “O enorme investimento financeiro da empresa na criação israelense também se baseia na missão nacional que assumimos, de apoiar os esforços de divulgação de Israel ao redor do mundo por meio do conteúdo atual e transfronteiriço que criamos.” Ele enfatizou que a Yes valoriza produções originais israelenses e faz do investimento nelas uma prioridade. (Abaixo, a música Hatikva 6).

Super Heróis - Hatikvah 6

O novo trailer de Fauda apresenta Lior Raz, de volta como o destemido antiterrorista Doron Kavillio, que está acompanhado pela atriz francesa Mélanie Laurent, além dos atores regulares Itzik Cohen, Doron Ben-David e Yaakov Zada Daniel.

Esta série criada por Raz e Avi Issacharoff já tinha um enredo para a quinta temporada, mas eles o descartaram depois do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. Os episódios foram reescritos para refletir a guerra atual.

“Se não fizermos isso, este dia nos assombrará pelo resto de nossas vidas,” diz um dos personagens enquanto realizam sua mais recente missão.

No trailer, os capítulos prometem tensão e reflexão sobre o que é real e o que é imaginário nesta retaliação ao Hamas: “A vingança é apenas o ponto de partida”, tema de um dos episódios reflete muito sobre este dilema. Depois do ataque, Doron e seus colegas vão para Marselha em uma missão secreta que as autoridades negarão conhecimento caso sejam descobertos.

Doron, envolto em um keffiyeh, junta-se a manifestantes em uma marcha pró-Palestina, enquanto outro personagem comenta: “Isto não é a Provença.”

A quinta temporada será lançada na Yes em Israel em 2026 e, em seguida, estará disponível mundialmente na Netflix.

Outros destaques da programação futura da Yes incluem a segunda temporada da série One Day in October, que também aborda o ataque do Hamas. A série é co-criada por Oded Davidoff e Daniel Finkelman, apresenta três histórias de heroísmo, diante das atrocidades do grupo terrorista.

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Uma é baseada na experiência de Omer Shem-Tov, que foi sequestrado para Gaza a partir do festival de música Supernova; a segunda é sobre Inbal Lieberman, jovem coordenadora de segurança do Kibutz Nir Am, cuja rápida ação e coragem salvaram o kibutz de vítimas; e a terceira diz respeito à família Golan-Hogeg, cujo lar foi atacado com coquetéis molotov. Eles sofreram queimaduras graves, mas conseguiram sobreviver e salvar a vida da filha bebê.

Entre os atores da série estão Lior Ashkenazi, Neta Roth, Michael Aloni, Moran Rosenblatt, Sean Softi e Uri Perelman.

Autorização do Hamas?

The Road Between Us: The Ultimate Rescue conta a história do general aposentado das Forças de Defesa de Israel, Noam Tibon. Ele embarcou em uma missão heroica para salvar sua família, incluindo suas duas netas, cercadas por terroristas do Hamas. (Abaixo a música Viva La Vida – Coldplay).

Tibon também resgatou sobreviventes do massacre no festival de música e ajudou soldados israelenses feridos durante sua jornada para salvar a família. Sua história foi originalmente relatada pelo programa 60 Minutes em outubro de 2023.

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The Road protagonizou um momento surreal na história do cinema. Em agosto último, o Festival Internacional de Cinema de Toronto (TIFF) retirou o convite para a estreia do filme.

Organizadores alegaram preocupações de que os cineastas não tivessem autorização do Hamas, em relação aos direitos de imagens. Dias depois, diante da pressão sobre a decisão absurda, a organização incluiu o documentário.

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