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Ciência e Tecnologia

Ciência do Weizmann rechaça objetivos de guerra

Publicado

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Laboratório Ciências
Instituto desenvolve pesquisas em áreas como biomedicina | Foto: Reprodução/Pixabay

Presidente do instituto afirma ao Portal E21 que as pesquisas não estão direcionadas para objetivos militares ou de defesa de Israel

Eugenio Goussinsky

Em meio a tensões geopolíticas e informações desencontradas, o Instituto Weizmann de Ciências, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa de Israel, deu continuidade aos seus projetos em 2024, um ano difícil.

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O objetivo, segundo afirmou ao Portal E21 o presidente do instituto, o neurologista Alon Chen, é o de sempre, desde sua fundação, em 1934: dedicar-se apenas à ciência fundamental para o benefício da humanidade, sem qualquer ligação com pesquisas militares ou direcionadas à defesa de Israel. Ele explica:

“Não, o Weizmann não faz pesquisa de defesa de forma direta, nada, nada nessa linha,” diz Chen. “Nós não fazemos pesquisa de defesa aplicada.”

Chen destaca que a meta está em descobertas científicas com potencial de impacto global, longe de interesses militares ou regionais:

“Quer dizer, nós fazemos pesquisas que são para o benefício e para o futuro da humanidade em um sentido amplo, ok? Nós não nos focamos em qualquer coisa que seja relevante somente para Israel ou somente para o Brasil ou somente para os EUA em termos de aplicações militares.”

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O Weizmann desenvolve pesquisas em áreas como biomedicina, neurociência, inteligência artificial, astrofísica e meio ambiente. São estudos que, embora complexos e de longo prazo, buscam avançar o conhecimento para melhorar a saúde e preservar o planeta.

“Nós fazemos pesquisas fundamentais que eventualmente podem ter aplicações relevantes para o ser humano em geral. Pode ser relacionado à saúde médica e pode ser relacionado ao ambiente.”

Fake news sobre o Weizmann

Chen também ressalta que são incorretas as informações que circulam em redes sociais, especialmente vindas de grupos que promovem boicotes a Israel.

Segundo ele, essas alegações não refletem o que realmente é feito no Weizmann:

“Eu sei que há alguns lugares que publicam alegações de que o Weizmann está ajudando em esforços militares, todas essas organizações de boicote contra Israel publicam isso, mas isso é notícia falsa e não reflete a realidade do nosso trabalho.”

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Apesar dos desafios logísticos e emocionais enfrentados nos últimos meses, depois do ataque de 7 de outubro, o Weizmann segue produzindo ciência de alto nível, acrescenta ele. Chen, então, comenta sobre a decisão da instituição de continuar avançando, mesmo em um contexto difícil:

“Apesar do contexto geopolítico desafiador, tomamos a decisão institucional de continuar avançando a ciência com a mesma dedicação. Foi um ano bastante bem-sucedido em termos de produção científica de alto nível.”

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