Ciência e Tecnologia
Ciência do Weizmann rechaça objetivos de guerra

Presidente do instituto afirma ao Portal E21 que as pesquisas não estão direcionadas para objetivos militares ou de defesa de Israel
Eugenio Goussinsky
Em meio a tensões geopolíticas e informações desencontradas, o Instituto Weizmann de Ciências, uma das mais respeitadas instituições de pesquisa de Israel, deu continuidade aos seus projetos em 2024, um ano difícil.
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O objetivo, segundo afirmou ao Portal E21 o presidente do instituto, o neurologista Alon Chen, é o de sempre, desde sua fundação, em 1934: dedicar-se apenas à ciência fundamental para o benefício da humanidade, sem qualquer ligação com pesquisas militares ou direcionadas à defesa de Israel. Ele explica:
“Não, o Weizmann não faz pesquisa de defesa de forma direta, nada, nada nessa linha,” diz Chen. “Nós não fazemos pesquisa de defesa aplicada.”
Chen destaca que a meta está em descobertas científicas com potencial de impacto global, longe de interesses militares ou regionais:
“Quer dizer, nós fazemos pesquisas que são para o benefício e para o futuro da humanidade em um sentido amplo, ok? Nós não nos focamos em qualquer coisa que seja relevante somente para Israel ou somente para o Brasil ou somente para os EUA em termos de aplicações militares.”
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O Weizmann desenvolve pesquisas em áreas como biomedicina, neurociência, inteligência artificial, astrofísica e meio ambiente. São estudos que, embora complexos e de longo prazo, buscam avançar o conhecimento para melhorar a saúde e preservar o planeta.
“Nós fazemos pesquisas fundamentais que eventualmente podem ter aplicações relevantes para o ser humano em geral. Pode ser relacionado à saúde médica e pode ser relacionado ao ambiente.”
Fake news sobre o Weizmann
Chen também ressalta que são incorretas as informações que circulam em redes sociais, especialmente vindas de grupos que promovem boicotes a Israel.
Segundo ele, essas alegações não refletem o que realmente é feito no Weizmann:
“Eu sei que há alguns lugares que publicam alegações de que o Weizmann está ajudando em esforços militares, todas essas organizações de boicote contra Israel publicam isso, mas isso é notícia falsa e não reflete a realidade do nosso trabalho.”
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Apesar dos desafios logísticos e emocionais enfrentados nos últimos meses, depois do ataque de 7 de outubro, o Weizmann segue produzindo ciência de alto nível, acrescenta ele. Chen, então, comenta sobre a decisão da instituição de continuar avançando, mesmo em um contexto difícil:
“Apesar do contexto geopolítico desafiador, tomamos a decisão institucional de continuar avançando a ciência com a mesma dedicação. Foi um ano bastante bem-sucedido em termos de produção científica de alto nível.”
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