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Ciência e Tecnologia

Startup traz cibersegurança de Israel para o Brasil

Publicado

em

cibersegurança

A startup israelense Cysfera atua em áreas como proteção de dados, com a preocupação de suprir carências deste tipo de profissional no amplo e crescente mercado brasileiro

Por Eugenio Goussinsky

Em 2023, o Brasil foi o quarto maior alvo de ransomware (vírus capaz de bloquear o computador) no mundo, segundo pesquisa SonicWall 2023. No ano anterior, foram 112 terabytes de dados vazados, o que corresponde a 43% de vazamento no mundo, de acordo com a Tenable Threat Landscape Report.

A ampliação de mercados no Brasil, um país de dimensões continentais, é uma realidade que, no entanto, tem necessitado de um suporte tecnológico cada vez maior, principalmente na área de cibersegurança.

Os dados e as transações eletrônicas, afinal, se tornaram a principal ferramenta para acompanhar as atuais necessidades. Quanto maior o alcance das empresas de um país, maior o risco de ataques cibernéticos.

“No mundo digital em constante evolução, a segurança cibernética é uma preocupação primordial”, afirma o brasileiro Guilherme Rabinovitsch que, ao lado do israelense Yuval Yacobi, criou uma empresa em Tel Aviv que visa justamente ajudar, com a tecnologia israelense, as empresas brasileiras a operarem com segurança eletrônica.

Carioca de 25 anos, Rabinovitsch mora em Israel há quase uma década. Graduado em Administração de Tecnologias pela Universidade Bar-Ilan, ele representa uma geração jovem que já cresceu antenada em relação às soluções tecnológicas.

Com esse DNA, desenvolveu a startup Cysfera, voltada a, desde 2022, funcionar como uma ponte entre as soluções de cibersegurança de alta tecnologia de Israel e o mercado brasileiro.

Com parceiros como a Wiz e a Intelligo, a startup busca preencher a crescente demanda por especialistas na área, algo muito impactante no Brasil, funcionando como uma espécie de setor de cibersegurança do cliente.

O objetivo é encontrar soluções como segurança da nuvem; proteção de dados (em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados); prevenções a fraudes (por meio de algoritmos de Inteligência Artificial); Zero Trust Browser, contra ransomware (software de extorsão que pode bloquear o computador e exigir resgate) e phishing (ataque que tenta roubar dinheiro ou informações pessoais).

Transformação digital e migração para nuvem

No rol dos serviços está a proteção contra riscos de DDoS, método de impedir o funcionamento de sites depois do envio proposital de solicitações que excedem a capacidade da rede. Também são prestados serviços de treinamento e segurança, para que a própria empresa tenha recursos para a neutralizar os riscos. Segundo a própria Cysfera, 95% dos incidentes cibernéticos são causados por erro humano.

“No contexto brasileiro, onde a transformação digital e migração para a nuvem estão em pleno curso, a Cysfera oferece soluções abrangentes, desde a segurança do código até a proteção de bancos de dados e ambientes de nuvem múltiplos, gerenciamento de credenciais, proteção de ataques com inteligência artificial”, afirma Rabinotitsch.

O conceito da startup é baseado nas próprias características dos mercados de ambos os países, Brasil e Israel. Para que um lado contribua com o outro.

“A Cysfera destaca a maturidade e a urgência do mercado israelense, impulsionadas pela necessidade de sobrevivência nacional”, observa Rabinovitsch. “Enquanto Israel investe há mais de uma década em órgãos governamentais dedicados à cibersegurança, o Brasil e suas empresas estão despertando para os riscos iminentes e a importância de soluções robustas para proteger sua economia, credibilidade e reputação.”

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