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Ciência e Tecnologia

Caminhões autônomos já são utilizados com IA em nível avançado

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Caminhão autônomo Volvo transportes
Caminhão autônomo reduz em até 45% o custo nos transportes | Foto: Reprodução/Volvo

Empresas já estão investindo neste tipo de tecnologia que, entre outros, traz maior eficiência e  redução de custos

Eugenio Goussinsky

A startup canadense Waabi, especializada em caminhões autônomos, levantou US$200 milhões em investimentos. Empresas como a Uber e outras de transporte têm investido nestes veículos por inteligência artificial (IA) generativa para implantar um projeto no Texas.

A companhia foi fundada em 2021 e, com sede em Toronto, a Waabi atua para alcançar a autonomia de Nível 4, a autoconsciente, muito avançada, que consegue tomar decisões ativas, como a condução de veículos de maneira sustentável.

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Em entrevista ao Portal E21 o professor Anderson Harayashiki Moreira, do curso de Engenharia de Controle e Automação do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), de São Caetano do Sul (SP), afirma que o desenvolvimento de caminhões autônomos é uma realidade que está sendo implantada nos transportes. Com vistas a reduzir custos e tornar o setor mais eficiente.

“A implementação de caminhões autônomos traz uma série de economias significativas”, afirma Harayashiki. “Primeiramente, há uma redução considerável nos custos de mão-de-obra, já que a necessidade de motoristas diminui. Além disso, os caminhões autônomos são projetados para operar de maneira mais eficiente, o que resulta em economias de combustível, além do fato de não ser necessário cumprir as jornadas de trabalho.”

O quarto nível é chamado de Inovadores, de acordo com a empresa OpenAI. A IA, neste patamar, pode contribuir para o desenvolvimento de novas invenções.

É uma etapa em que a IA ajuda a criar novas tecnologias e soluções inovadoras, dentro da equipe de cientistas e engenheiros. O caminhão autônomo é também resultante deste processo.

O quarto nível é o último antes do mais avançado, o quinto, chamado Organizações. Neste, se atingido, a IA será capaz de realizar o trabalho de uma organização inteira.

Pesquisas já indicam que as descobertas têm surtido efeito e sido implementadas. O tempo das viagens pode ser reduzido em cerca de 40%, informa Haryashiki.

“Estes veículos podem otimizar rotas, evitar congestionamentos e manter velocidades constantes que minimizam o consumo de combustível”. diz o professor. “Também há uma diminuição nos custos de manutenção, pois esses veículos são programados para dirigir de forma a reduzir o desgaste mecânico.”

A redução nos custos de transporte com a utilização de caminhões autônomos pode ser bastante substancial, de até 45%, conforme outros estudos mencionados por Harayashiki.

“Esse valor considera economias em salários de motoristas, combustíveis, seguros e manutenção”, ressalta ele. “A precisão e a eficiência dos sistemas autônomos contribuem significativamente para essa redução.”

Melhora nos prazos de entregas

O professor acrescenta que a maior eficiência e a redução de custos podem resultar em preços de frete mais baixos. A confiabilidade e a previsibilidade dos caminhões autônomos também podem melhorar os prazos de entrega, o que torna a cadeia logística mais robusta. Além disso, a menor dependência de motoristas pode ajudar a mitigar a escassez de mão-de-obra no setor e proporcionar maior estabilidade para o planejamento de longo prazo.

“A introdução de caminhões autônomos revoluciona a logística e o orçamento do setor de transportes de várias maneiras.”

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Atualmente, além deste da Waabi, existem vários projetos promissores em desenvolvimento em todo o mundo. Nos Estados Unidos, conta o professor, empresas como a Waymo e a TuSimple estão na vanguarda dos testes e implementações de caminhões autônomos.

Na Europa, a empresas suecas como a Einride e a Volvo, e a alemã Daimler também estão avançando rapidamente. Harayashiki conclui com uma previsão bastante otimista. Que tem tudo para ser realista.

“Estima-se que caminhões autônomos possam se tornar uma realidade comercial em grande escala dentro dos próximos cinco a 10 anos, dependendo de regulamentações e avanços tecnológicos.”

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