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EXCLUSIVO: ‘O centro venceu as eleições’, diz vice-governador de SP

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Felício Ramuth vice-governador eleições municipais
Felício Ramuth criticou a polarização Foto: Reprodução/Flickr

Para ele, antigos quadros que deixaram o PSDB contribuíram para a ascensão do PSD no último pleito que elegeu prefeitos e vereadores pelo Brasil

Eugenio Goussinsky

O vice-governador Felício Ramuth afirmou que o crescimento do PSD, nas eleições municipais de 6 de outubro, teve alguma relação com o enfraquecimento do PSDB no pleito. Principalmente no Estado de Sâo Paulo, cujo número de eleitos pelo PSDB no primeiro turno caiu de 170 em 2020 para 21 em 2022.

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No Brasil, o partido diminuiu de 515 de para 269 eleitos no primeiro turno. O PSD foi o maior vencedor, com 877 prefeitos eleitos no primeiro turno no país. Em 2020, elegeu 652 prefeitos ainda em primeiro turno. Substituiu, com conceitos similares de social democracia, o PSDB, que até alguns anos atrás era a alternativa mais forte para evitar a polarização.

“Não foi um crescimento em curto prazo, foi bastante consolidado, estruturado, mas por exemplo no estado de São Paulo temos que ver também que com o declínio do PSDB, o PSD soube aproveitar a oportunidade de atrair os bons quadros que o PSDB tinha para os quadros do PSD”, declarou ao Portal E21.

Ele ressaltou que, além de levar prefeitos à vitória, o partido foi o que mais elegeu vereadores. Isso, segundo ele, estabelece uma base sólida para futuras candidaturas nas assembleias estaduais e na Câmara Federal.

“O primeiro ponto é eleger um bom número de prefeitos e bons quadros a prefeitura e nós entendemos que de forma geral PSD tem oferecido bons quadros às cidades”, observou o vice-governador.

“É importante dizer que, no Estado de São Paulo, também fizemos o maior número de vereadores eleitos também do PSD. Os vereadores são uma base para o próximo passo que são a ampliação do Legislativo nas assembleias estaduais e na Câmara Federal. Agora é iniciar esse trabalho de fortalecimento para as futuras candidaturas nas assembleias e na Câmara Federal.”

Da esquerda à direita

O vice-governador também ressaltou que considera como pluralidade o fato de o PSD reunir de diferentes espectros políticos, desde a centro-direita até a centro-esquerda. No Rio de Janeiro, por exemplo, Eduardo Paes venceu com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). E em Florianópolis, Topázio Neto venceu em uma aliança que colocou como vice a representante do PL, direitista, Maryanne Terezinha Mattos (PL).

“Essa diversidade é essencial para praticar uma boa política, baseada no diálogo e na união, evitando extremos”, afirmou. “A pluralidade é um dos principais ativos do PSD, permitindo uma abordagem mais equilibrada e eficaz na política”, afirmou o vice-governador. “O centro venceu estas eleições.”

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Ramuth criticou a polarização que tem dominado o cenário político. Ele lembrou que campanhas que tentaram boicotar candidatos de outros partidos não tiveram sucesso.

“Essa diversidade é essencial para praticar uma boa política, baseada no diálogo e na união, evitando extremos”, afirmou. “A pluralidade é um dos principais ativos do PSD, permitindo uma abordagem mais equilibrada e eficaz na política”, afirmou o vice-governador. “Nessas eleições o vitorioso foi o centro.”

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O vice-governador ressaltou que o PSD defende um Estado mais eficiente mas preocupado com o bem-estar social.

“O PSD é um partido de centro que defende um estado mais eficiente com concessões, PPPs, privatizações, mas ao mesmo tempo também entende a importância dos projetos sociais à população mais vulnerável. Por conta disso, e a gente tem fortalecido muito os nossos quadros com a liberdade que o PSD nos dá.”

Neste espectro, o vice-governador comentou que a relação entre o governo estadual e as prefeituras, depois das eleições, não será influenciada por questões partidárias.

“O governo do Estado se comprometerá a apoiar todos os prefeitos de forma republicana”, garantiu Ramuth. “O foco do governador Tarcísio [de Freitas, do Republicanos] é oferecer melhores serviços à população, sem se deixar levar por preocupações políticas imediatas.”

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