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EXCLUSIVO: Emerson Leão ‘Jogar com os pés prejudicou muito os goleiros’

Em conversa com o Portal E21, ex-goleiro falou a respeito da posição que o consagrou como um dos maiores
Eugenio Goussinsky
O ex-goleiro Emerson Leão, de 75 anos, está aposentado do futebol. Depois de uma carreira com duas Copas do Mundo como titular (1974 e 1978), e atuando em grandes clubes (no Palmeiras, fez história entre 1969 e 1978), tornou-se técnico com importantes conquistas, como a do Brasileiro de 2002 com o Santos.
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Seu estilo direto ainda o acompanha. Em entrevista ao Portal E21, ele se mostra contrário, por exemplo, à tese de que todos os goleiros brasileiros dos grandes clubes têm nível de seleção. Para ele, alguns sim, mas outros ainda precisam se aprimorar e não ficarem sobrecarregados em ter também de jogar com os pés.
Leão acredita que, de uma maneira geral, a altura dos goleiros aumentou muito e isso trouxe maiores facilidades em determinadas situações. E uma impressão de que todos estão acima da média.
“O goleiro de hoje, também no Brasil, normalmente tem de 1,90m a 1,95m, por aí, com algumas exceções”, afirma Leão. “Logicamente, tem uma boa altura. Então, se eles são braços grandes, eles são longilíneos. As bolas mais longas são mais fáceis do que as que vêm em cima. E até abaixar, ela já passou. Tem uma série de coisas.”
Preferência de Leão por goleiros que atuam no Brasil
Ele acredita, porém, que os critérios para a análise da qualidade do goleiro regrediram em relação à sua época.
“Em compensação, com essa nova fórmula, que o inventaram de o goleiro jogar com o pé prejudicou muito os goleiros, que estão fazendo alguns erros infantis”, observa.
“Há pessoas que confundem muito o conceito de qualidade, entendeu? Então, hoje eu escuto assim, ‘aquele goleiro é bom, ele trabalha bem com o pé’. Então que ele vá jogar na linha.”
Leia mais: Seleção brasileira sempre venceu com a presença de grandes laterais
Leão completa que, apesar das ressalvas, muitos goleiros brasileiros que atuam no Brasil não devem nada aos que atuam fora do país e que têm sido titulares da seleção brasileira, casos de Alison e de Ederson.
“Os que estão aqui, na minha opinião, também são muito bons e poderiam muito bem ser os convocados”, conclui.
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